Assumimos a herança

Nesta página queremos conhecer a vida dos padres e seminaristas que marcaram a história e o desenvolvimento da obra de Schoenstatt. Eles assumiram a herança do fundador e são modelo de fideliddade.

“Finalmente encontrei o que a tempo procurava” – Pe. Francisco Reinisch, o mártir da consciência.     

                Um dos vários e grandes heróis de Schoenstatt é Pe. Francisco Reinisch. Ele nasceu na Áustria em 1º de fevereiro de 1903.  Com cinco anos de idade foi morar com a família em Innsbruck. Iniciou os estudos em Direito e nessa época fez um retiro inaciano que mudou sua vida. Mesmo continuando seus estudos em Direito já não via o mundo como antes e então decidiu-se pela vocação sacerdotal.
                No dia 13 de maio de 1928 recebeu a ordenação do subdiaconato (vigente na época) e no dia 29 de junho fora ordenado sacerdote. Nessa ocasião sua mãe conta-lhe que na festa de Corpus Christi de 1903 ela o apresentou ao Cristo Eucarístico e o ofereceu ao sacerdócio se fosse da vontade do Senhor. Sua primeira Missa a celebrou no Santuário de “N. Sra. entre as quatro colunas” em Innsbruck. Uma mulher aproxima-se do neo-sacerdote e como que profetiza: “este morrerá mártir”.
                 Pe. Reinisch era diocesano, mas deixou-se tocar pela carta de um amigo palotino e decidiu ingressar na Sociedade do Apostolado Católico. Seu noviciado exigiu muito de si, mas superou as não poucas dificuldades e em 8 de dezembro de 1930 fez sua primeira consagração como palotino. Em seguida foi encarregado de dar aulas de filosofia aos noviços.
                Em 1933 Pe. Reinisch trabalhou em Friedberg com a juventude e nesse mesmo ano chegam até ele fascículos da revista “Sal terrae” nos quais teve conhecimento de artigos e conferências sobre o tema da Aliança de amor em Schoenstatt. Ao ler o que pode sobre a novidade exclamou: “Finalmente encontrei o que a tempo procurava”.
                Em agosto de 1934 conhece Schoenstatt e tem a oportunidade de estar na apresentação dos restos mortais dos congregados Max Brunner e João Wolmer, falecidos na 1ª Guerra. Enquanto o regime nazista ganhava forças Reinisch acompanhava grupos do movimento nas paróquias e em Schoenstatt até que em 12 de setembro de 1940 recebe a expressa proibição de pregar por parte da Gestapo. Com isso não deixou de orientar os grupos e preveni-los da catástrofe vindoura. O drama de sua vida começa em 1º de março de 1941 quando lhe chegam avisos sobre necessário serviço militar. Em sã consciência sente que pessoalmente não encontrava razões para estar a favor da vitória de Hitler. Essa decisão causa-lhe natural embaraço já que sabia o que lhe esperava se a mantivesse. Todo o processo de sua firme decisão em não prestar juramento à bandeira do Nazismo encerrou-se com sua morte em 21 de agosto de 1942 por decapitação. Em 17 de outubro de 1946 a urna com os restos mortais de Pe. Reinisch e de Pe. Eise (falecido no campo de concentração de Dachau também em 1942) são depositadas atrás do Santuário de Schoenstatt onde se encontram até hoje. O Pe. Francisco Reinisch também é um dos vários filhos de Schoenstatt que tem seu processo de canonização em andamento.
Ouça o Hino de Franz Reinisch: